quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alice

Era uma garota,
como nenhuma outra,
pelo menos era assim que ela pensava;
Afinal como poderia ela ser igual às outras? Ela assim pensava.

Deveria ela se chamar Alice, sim, Alice!
Vivia no país das maravilhas, não, não; país das duvidas isso sim.
Não poderia se chamar Alice,
mais uma vez a infelicidade de um detalhe lhe frustrava as vontades.

Era dia, queria que fosse noite;
Acreditava que à noite poderia sonhar sem que houvesses incômodos;
“É louca”, diziam os outros, “apenas lê e viaja sem sair do lugar, uma louca”.
“já disse o poeta, tropeço em filosofias e caio” respondia, sem titubear;
as respostas apenas lhe complicavam a situação;

resolveu se calar, observar, sonhar e as vezes escrever;
não lhes deixou mensagem alguma,
apenas saiu;
lá na frente olhou para trás e disse:
“ Adeus mundo cruel, vou procurar meu lugar no véu”

Estava indo buscar aqueles lugares lindos
e aquelas pessoas maravilhosas que a entendiam,
que só ela conhecia, aceitara seu destino;
Saiu ao encontro do país das dúvidas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Poesias de Vida!

Tem sentimentos;
Sim..
sempre foram pra alguem
sempre tiveram uma inspiração,
cada letra, cada verso,
era o que se passava no meu coração,
era o que eu, aparentemente, sonhava;
era o que eu, aparentemente, sentia; como saberei?!
Meus sentimentos e a vida se uniram,me bateram, me surraram;
apanhei tanto,
tanto,
aprendi a bater, a massacrar;
aprendi a me recolher dentro de mim mesmo por causa delas.
meus sentimentos me fizeram esconder,
dentro deles mesmo!
A vida me ensinou a escrever, poesias de vida,
Poesias do coração!

Pequena Carta de um Idiota!

Eu tenho o pessimo de costume de me perder em ideias e pensamentos;
E tenho um costume ainda pior, que é o de me perder em meus próprios sentimentos, não sei bem o que acontece só sei que eu não consigo interpretá-los ou compreende-los. No final de tudo eu nem sei o que quero ou por onde começar a querer. Não sei nem o que é sentir de verdade ou como é sentir.
O que eu realmente quero dizer é que apesar de parecer tão maduro, eu não cresci. Me fiz prisioneiro da minha adolescência e me tornei um amigo de longa data do medo e das duvidas. Consigo ser mais inconstante que um geminiano, como já deve ter percebido e tudo isso só me faz solitário e egoísta ou pelo menos é assim que vejo.
Eu quis e talvez ainda queira você, eu gostei e talvez ainda goste de você.
Mas eu não sei o que fazer, eu não sei como é tomar atitudes, eu não sei como é dizer isso pra alguém sem antes ter ouvido. Não sei dizer o que sinto sem antes saber o que o outro sente. Cai tanto ao longo da minha inútil e obvia vida e não quero mais ver o chão me machucar.
E ser sozinho me faz bem, eu acho! Na verdade eu acho que me faz bem, porque mesmo quando estou com alguém eu me sinto sozinho e só estou falando isso porque quero que você perceba que eu não me conheço e que eu não me entendo, que estou tão perdido dentro de mim mesmo que não sei se posso ou tenho o direito de fazer você se perder.
O meu jeito sério, rude e as vezes hostil não é maturidade, é apenas a mais sincera demostração do quanto tenho que amadurecer. E no final de tudo, lhe devo desculpas.

Minhas sinceras desculpas por lhe ser tão útil e inútil ao mesmo tempo!

domingo, 9 de outubro de 2011

Tempo, Tempo, Tempo!

Tempo, Tempo, Tempo!

Tempo egoísta, insensível Tempo;

Caro Tempo, que é caro;

Tempo, Tempo, Tempo!

Não espera, corre;

Não observa, apenas olha,

Senhor da sincera falsidade,

da verdadeira mentira!

Tempo, Tempo, Tempo,

difícil de manusear, fácil de perder,

Impossível guardar, impossível roubar,

um bom presente para se dar;

Tempo, Tempo, Tempo,

egoísta Tempo, sem tempo!

Tempo larápio, Professor Tempo;

Tempo que se doa, se entrega por inteiro

Difícil de entender, mais difícil ainda usar

para poucos a capacidade de apreciar;

Tempo, Tempo, Tempo!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Posso?!

Posso fingir que a bebida me conforta,
que afoga minhas lembranças e desfaz meus pensamentos;

Posso fingir que o que você diz são apenas ondas imperceptiveis
De uma freqüência sem sentido;

Poso fingir o que eu sinto não é real ou que apenas é real em um mundo imginário;

Posso escrever poemas e versos indigestos e incompreenciveis;
Posso tentar definir vida usando o futil dicionário dos homens;
Posso definhar fingindo estar em ascensão;
Só não se posso fingir ou pelo menos não aceitar o fato de ainda te amar!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sem ser'

Caminhos estranhos,
Noites negras e estreladas;
dias escuros e sem luz; cores sem vida.

Maçãs verdes, limões vermelhos;
maçãs azedas, limões doces e adstringentes.
Pele fria e quente; pele sensível, coração duro!

Melodias sem encanto, sem sentido;
Poemas sem amor, poemas sem poesia;
Comida sem sabor; pele sem calor.
Vida sem amor!

Toques amaveis, atitudes veneráveis;
tolices idolatraveis,
Amores recordaveis!

Vidas desconexas,
Homens desconexos, tão perdidos;
que trazem na arrogante inocência do seu olhar,
vestigios do “não saber amar”...