quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alice

Era uma garota,
como nenhuma outra,
pelo menos era assim que ela pensava;
Afinal como poderia ela ser igual às outras? Ela assim pensava.

Deveria ela se chamar Alice, sim, Alice!
Vivia no país das maravilhas, não, não; país das duvidas isso sim.
Não poderia se chamar Alice,
mais uma vez a infelicidade de um detalhe lhe frustrava as vontades.

Era dia, queria que fosse noite;
Acreditava que à noite poderia sonhar sem que houvesses incômodos;
“É louca”, diziam os outros, “apenas lê e viaja sem sair do lugar, uma louca”.
“já disse o poeta, tropeço em filosofias e caio” respondia, sem titubear;
as respostas apenas lhe complicavam a situação;

resolveu se calar, observar, sonhar e as vezes escrever;
não lhes deixou mensagem alguma,
apenas saiu;
lá na frente olhou para trás e disse:
“ Adeus mundo cruel, vou procurar meu lugar no véu”

Estava indo buscar aqueles lugares lindos
e aquelas pessoas maravilhosas que a entendiam,
que só ela conhecia, aceitara seu destino;
Saiu ao encontro do país das dúvidas.

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